ARQUEÓLOGOS DA USP DESENVOLVERÃO PROJETO EM TUPACIGUARA

Arqueólogos da Universidade de São Paulo estiveram, na tarde de hoje (29,) visitando a Secretaria de Cultura. Eles vieram para dar seguimento a um trabalho começado em 1996, quando uma equipe de arqueólogos que acompanhava a implantação do Poliduto REPLAN – Brasília, detectou um sítio arqueológico no município. Durante o levantamento, foram encontrados 7 sítios arqueológicos ao longo de todo o percurso. Em Tupaciguara, o local do material encontrado é a região do Lajeado na Fazenda do Sr. João Divino. Os arqueólogos foram recebidos pela Secretária de Cultura, Rosália Prudente, que na época da expedição era funcionaria da Secretaria e acompanhou todo o trabalho da USP, desde a exploração, bem como o levantamento dos registros e a exposição do material lítico no Museu de Tupaciguara. Também participou do encontro, o Presidente do Conselho municipal de Patrimônio Cultural, o jornalista Nelson Tavares.

O trabalho agora vai envolver mais levantamento e exploração de informações através do Projeto “Quebra anzol”, que pretende aprofundar na construção da história do Brasil, levantando quais foram os primeiros habitantes e como essas ocupações se deram. Este projeto está sendo coordenado pela Dra Márcia Anjelina Alves (USP) e tem como colaboradores os arqueólogos Wagner Magalhães e Alex Sandro Alves de Barros, que deverão trabalhar em Perdizes e Tupaciguara, locais onde foram encontrados materiais substanciais para estudo e pesquisa.

Segundo a Secretária de Cultura, o trabalho será de grande valia para Tupaciguara, não só pelas melhorias que terá a exposição do Museu, como pela importância do material, que se encontra lá e também na releitura da ocupação destes antigos vestígios, datados de 3.500 anos. O trabalho dos pesquisadores envolve um vasto planejamento e um cronograma que tem prazo final de 2 anos. Ainda faz parte das metas um estudo comparativo entre os dados obtidos junto a análise de material lítico do sítio de Tupaciguara, classificado como ATM-691 e os dados obtidos junto a análise do material lítico do sítio de Rezende (Centralina), objetivando constatar uma possível dinâmica sociocultural entre os sítios.

Na verdade o que se pretende com este projeto é descobrir mais sobre os primitivos habitantes e consequentemente tomar conhecimento da nossa evolução através dos tempos.

O trabalho já começou com a visita no Museu Histórico e deverá ter sequencia com o estudo pormenorizado, através de análises de laboratório e técnicas de estudo aos níveis de compreensão da cadeia operatória.